História – Claiton Cavalcante
Foi numa tarde de 5ª-feira, 17 de julho de 2014. Após a longa gestação de mais de 6 anos, nasceu para uma nova família a pequena Isadora. 👶🏽❤️
Claiton Cavalcante se lembra com exatidão do cenário, dos dias e dos acontecimentos que se seguiram ao instante em que teve certeza de que aquela menina que segurava no colo há poucos minutos, sua filha, estaria com ele para sempre. “Assim que terminou a Copa do Mundo, me ligaram e informaram que havia chegado nossa vez e tinha uma menina apta à adoção. Foi emoção a toda prova. Eu e minha esposa corremos para encontrá-la. Aquele dia mesmo ela estava fazendo 9 meses”, relatou o pai.
O servidor do TCE, que é assistente no gabinete do conselheiro substituto IsaÍas Lopes da Cunha, também se recorda que, neste dia, não tinha mais que o próprio coração e um quarto cor-de-rosa preparado há um tempo para receber a menina. Isadora teria autorização judicial para ir para casa já na próxima 2ª-feira. Depois de tanta burocracia e demora no processo percebeu seus dias se transformando velozmente.
Foram 2 anos para Claiton e sua esposa terem direito a entrar na fila de adoção. Entraram na 60º posição. Esperaram 4 anos. Uma fila que anda, para crianças com a idade de Isadora, uma única vez ao mês. “Um filho muda a vida de um casal. Nem gosto de ficar usando o termo ‘adotivo’. É nossa filha. Eu sou o pai dela. Silvana é mãe dela. Muda a vida da gente, de tal forma que passamos a ver o mundo de outra forma. Damos a vida por eles. Tiramos da boca para tentar dar o melhor, mostrar o caminho certo”, disse. 😍
Assim que a adoção de Isadora foi firmada, o casal retornou à fila de espera. Agora, cogitam fazer a chamada “adoção tardia”, para que um menino chegue o mais rápido possível ao seu novo lar.
Ampliar o perfil específico das crianças ou adolescentes, significa inverter a lógica que há entre disponibilidade de adoção e interessados em adotar. Dados recentes do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), coordenado pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revelam que em 2016, 7.158 crianças e adolescentes deixaram de ser adotados. De acordo com o CNA, 1.226 crianças foram adotadas no ano passado, ao passo que mais de 38 mil pessoas estavam aptas e com interessem em adotar.
📸 EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA 📸
O TCE, em parceria com a Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), realiza hoje e amanhã (22 e 23 de março), uma exposição fotográfica retratando 11 crianças e um adolescente que estão aptos à adoção nas Comarcas de Várzea Grande, Chapada dos Guimarães e Primavera do Leste.
A exposição, que está na recepção do Edifício Marechal Rondon, também traz imagens de 16 famílias que fizeram adoção tardia. A ideia é sensibilizar as pessoas a quebrarem tabus e preconceitos sobre crianças com idade a partir de 8 anos e que esperam uma família por muito tempo.